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15/10/2024

Quando acaba a licença-maternidade

A maternidade me fez acessar sensações que eu desconhecia completamente na minha vida anterior. Eu acredito que nós entendemos a existência dos sentimentos e que experimentemos todos eles de formas diferentes na caminhada.

Então não é que eu não tivesse passado por certas dificuldades antes, é que há coisas que a gente só sente na pele quando vira mãe.

 

Eu nunca imaginei que seria tão difícil voltar de uma licença-maternidade para o meu posto de trabalho. Quando estava grávida, as pessoas diziam que iriam pegar minha bebê emprestada para passar uns tempos brincando, mimando, e eu afirmava com a maior certeza do mundo que eu a deixaria ir. Que tola eu fui. Mal sabia o apego que eu criaria.

 

Quando minha filha tinha dois meses de vida fora da barriga, fui em busca de creches, pois já sabia que essa teria que ser minha configuração para retornar ao ofício. Eu não tinha muitas escolhas a fazer, pois precisava – e queria – voltar a trabalhar. Mas assinar um contrato de escola foi uma das ações que fiz com a maior má vontade que já houve nesse mundo.

 

Não é que eu não confiasse naquele espaço. Mas como você pode achar que estar longe da mãe é melhor do que estar perto? Eu sentia culpa. Tristeza. Um pouco de raiva das circunstâncias. Me sentia um pouco vítima do meio. Eu não queria ser mãe em tempo integral, mas também não queria deixar minha pequena para lá. É lógico que eu não estava “deixando-a para lá”, no sentido mais vulgar dessa expressão. Mas eu a achava pequena demais para se separar de mim.

 

Era para eu usufruir de seis meses em casa com minha filha. Por percalços do meu caminho, precisei retornar ao trabalho no dia exato em que ela completou quatro meses. Foi caótico. Minha bebê mamava exclusivamente no peito e passou a ter que tomar mamadeira. Eu, que tinha bastante leite, precisava extrair com bomba no meio do dia, ou poderia sofrer com mastite. Se passava do horário no escritório, os seios vazavam. O corpo saía de casa, mas a cabeça ficava nela. Para além da dificuldade da separação, entendi, então, que eu também era invadida por uma sensação de impotência.

 

A Organização Mundial da Saúde preconiza que o aleitamento materno deve ser realizado de forma exclusiva durante os primeiros seis meses de vida. Há mães que não conseguem, e eu tenho máximo respeito por elas, não as julgo jamais. Mas falando do meu cenário, como poderia eu, exigir de mim mesma, que alimentasse minha filha do meu próprio leite até a metade do primeiro ano, se eu precisava, também, garantir o sustento de nós duas saindo para trabalhar? 

 

O mundo mudou muito para as mulheres e eu sou grata por isso. Também sou grata pela creche, que um dia foi uma decisão dolorida, mas hoje, olhando para trás e vendo todos os benefícios, é uma certeza confortável no meu coração. Mas ainda há uma estrada muito longa a ser percorrida para que as mães tenham mais conforto e poder de decisão. Não dá para amamentar exclusivamente se você tem que trabalhar. Se você decide não trabalhar, corre o risco de ser jogada fora do mercado de trabalho mais à frente. É uma reação em cadeia que ainda prejudica muitas de nós e precisa ser pensada e repensada e reavaliada quantas vezes for preciso.

 

Se você está prestes a voltar ao trabalho ou acabou de voltar, desejo que tudo fique bem. Que você tenha a rede de apoio que precisa e que as suas escolhas sejam as mais acertadas possíveis. Mas a gente não pode esquecer que toda luta feminina não é somente sobre nós. É sobre milhares de mãe que estão constantemente tentando voltar ou decidindo ficar, mas não sem que haja renúncias e sentimentos complexos.

Autora: Bianca Ferreira de Carvalho | instagram@e.sobre.nos
 

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